sábado, 14 de janeiro de 2017

não gosto de foguetes

Desde pequena me recordo de estar em festas e os meus pais pegarem em mim e arrastarem-me atrás deles para ver os fogos de artifícios, porque é a parte mais 'bonita das festas'.
Recordo-me, desde sempre, que o meu pai comprava foguetes na passagem de ano para os lançar ao céu e ver o quão bonito é estilhaçar o céu com mini bombas.
Mini bomba, sim. É o que eu apelido a esse objecto de insignificante utilidade, na minha modesta opinião. Não sei responder ao porquê de não conseguir olhar para um fogo de artificio sem estar constantemente a pestanejar. Felizmente não tenho nenhuma história traumatizante para associar a esse facto. Mas poderia ter. Assim como no nosso país em tempos já teve episódios de guerra com bombeamentos contínuos (bem como em muitos outros da actualidade). Graças a Deus, ainda não temos razões parar associarmos esse maligno "pum pum pum" a ataques terroristas. Ou algo idêntico.
Não é algo que me traga sentimento de festividade ouvir foguetes. Só consigo associar aquele som ao das bombas. Por exemplo, é usual estar a tentar adormecer e começar a ouvir foguetes da festa da minha terra e ficar sobressaltada por achar que está a haver algum tipo de atentado. Bem como estar a fazer uma refeição descontraidamente e ficar alarmada por ouvir o som de "bombas". Foguetes, para mim, tem um sinónimo impregnado de bombeamento. E não consigo achar feliz a ideia de usar a prática do lançamento de foguetes para festejar algo quando, ao mesmo tempo, do outro lado do mundo estão milhares de pessoas a chorar em sofrimento ao ver as suas vidas derraparem ao som de algo que consideramos "festivo"... Não consigo....

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