sexta-feira, 3 de março de 2017

do que não me entra na cabeça... #1

... O Donald Trump estar entre os 300 eleitos propostos ao prémio Nobel da Paz.


(E eu sou candidata a 1000 oportunidades de emprego e continuo desempregada, sem sequer construir nenhum muro de barreira a qualquer proposta...)

sábado, 14 de janeiro de 2017

não gosto de foguetes

Desde pequena me recordo de estar em festas e os meus pais pegarem em mim e arrastarem-me atrás deles para ver os fogos de artifícios, porque é a parte mais 'bonita das festas'.
Recordo-me, desde sempre, que o meu pai comprava foguetes na passagem de ano para os lançar ao céu e ver o quão bonito é estilhaçar o céu com mini bombas.
Mini bomba, sim. É o que eu apelido a esse objecto de insignificante utilidade, na minha modesta opinião. Não sei responder ao porquê de não conseguir olhar para um fogo de artificio sem estar constantemente a pestanejar. Felizmente não tenho nenhuma história traumatizante para associar a esse facto. Mas poderia ter. Assim como no nosso país em tempos já teve episódios de guerra com bombeamentos contínuos (bem como em muitos outros da actualidade). Graças a Deus, ainda não temos razões parar associarmos esse maligno "pum pum pum" a ataques terroristas. Ou algo idêntico.
Não é algo que me traga sentimento de festividade ouvir foguetes. Só consigo associar aquele som ao das bombas. Por exemplo, é usual estar a tentar adormecer e começar a ouvir foguetes da festa da minha terra e ficar sobressaltada por achar que está a haver algum tipo de atentado. Bem como estar a fazer uma refeição descontraidamente e ficar alarmada por ouvir o som de "bombas". Foguetes, para mim, tem um sinónimo impregnado de bombeamento. E não consigo achar feliz a ideia de usar a prática do lançamento de foguetes para festejar algo quando, ao mesmo tempo, do outro lado do mundo estão milhares de pessoas a chorar em sofrimento ao ver as suas vidas derraparem ao som de algo que consideramos "festivo"... Não consigo....

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

do melhor e mais confortante que li dos últimos tempos

a vida ensina que há muita estrada para andar. e que por muito cansada que te sintas, deves sempre continuar. que mesmo que vás devagar, o mais importante não é quando, mas onde irás chegar.
a vida ensina a prestar atenção a quem já chegou. e que quando esperamos muito por alguém que não chega, estamos à espera da pessoa errada.
a vida ensina a permancer onde só há amor. ensina a fazer as malas e a dizer adeus aos lugares onde não nos devemos demorar. que quando o coração diz ''basta'' a única resposta é largar, sem remorsos ou contas a ajustar. há gente que não vale o esforço.
a vida ensina a querer o melhor para nós. e a desaprender por inteiro o verbo aguentar. e a repetir a ti mesma: conta comigo! e a seguir o teu caminho vestida da tua coragem e da tua fé, a mesma que se move pelo amor que só tu te podes dar: o próprio. -  

retirado daqui.

sexta-feira, 25 de novembro de 2016

#4

1. Describe yourself from your pet’s point of view.
2. Share the most incredible thing you’ve ever seen in the most boring tone possible.
3. Provide your stream of consciousness during the the worst nightmare you’ve ever had.
4. Write about leaving home.
5. Pick ten sayings for a fortune cookie that you would never want to see come true.
6. You wake up with a key gripped tightly in your hand. How did you get this key? What do you do with this it?
7. Write a compelling argument pushing the worst advice you’ve ever been given.
8. Describe heartbreak.
9. Give 14 pieces of advice to a teen who is graduating high school.
10. Write the autobiography of the life you weren’t brave enough to lead.
11. Write a love story from end to beginning.
12. Pick a person you can’t stand and write a letter describing every wonderful thing about them.
13. Write a love scene from the point of view of your character’s hands.
14. Turn the thing that makes you the angriest into a poem.
15. Write about the way things should have been.
16. Write your own obituary honestly.
17. The person you loved who didn’t love you back.
18. A coffee date with the person you were a time ago.
19. The horrible secret the grocery clerk was hiding.
20. Write a love story starring your algebra teacher.
21. Write a letter to your future self.
22. Write about writing.
23. You approach a stranger on the street and ask them to tell you one thing they have never told anybody. What do they tell you?
24. You only have room for 5 things on your bucket list – what are they?
25. Describe the exact day you just had, but from the point of view of a psychopath.
26. Personify regret.
27. Write the back cover of the fiction novel that is based on your life in high school.
28. Detail the adventures of a day where you say “Yes” to everything.
29. How do you feel about love these days?
30. Write ten facebook status updates written by yourself in 2025. 

    Se me convidassem para ter um encontro com a pessoa que conheci há uns anos, provavelmente iria recusar porque sempre me ensinaram a não dar confiança a quem não conheço.Exacto, uma pessoa que não conheço é exactamente como vejo aquilo que era há uns anos atrás. E não é preciso recuar muito mais além de 3 anos.

    Primeiro de tudo, o empregado ao chegar ao pé de mim e ao perguntar o que iria tomar, eu nunca iria pedir um café. Não é que nos dias de hoje o pedisse, porque evito ao máximo beber café simplesmente porque não gosto. Mas num encontro mais elegante, talvez já o peça. Mais não seja para revelar uma atitude de adulta. Que é assim que encaro o acto de beber café. "Vamos beber café?" é como começam muitos dos meus serões. Há uns anos atrás, os meus serões eram passados em casa. A ler, a ver filmes na sala de casa, a ser arrastada com esforço para onde os meus pais tivessem de ir. Hoje, os meus pais saiem e já não me avisam sequer que vão sair de casa. E eu já faço todos os meus planos sem contar que os meus pais fazem parte deles.

    Há algo, no meio de muita diferença, que se mantém numa constante. E é um grande defeito meu. Não sei como é que se chama isto mas... Tenho uma mania de achar que quando algo está errado, vou ser eu que a vou ter de mudar. É que meto mesmo na cabeça que se está mal, tem de ser mudada. E eis que me acho a personagem perfeita para encarnar a super mulher. Mesmo quando sei que isso é uma missão impossível, sou tão teimosa ao ponto de não ficar descansada enquanto não o tentar. Mesmo que isto venha a ter consequências adversas para mim. Além do meu  azedo lado quando algo não corre como eu estipulo na minha cabecinha. E isto está directamente relacionado. Porque as coisas geralmente não correm da maneira que eu sonho e no momento em que me são cortadas as asas da super mulher, levo este e o outro mundo à frente. Começo por falar mal para as pessoas de quem mais gosto e ter atitudes que sei que nunca teria caso estivesse fora desse caos. Com a minha mãe então.. É o prato do dia. A minha mãe é provavelmente a pessoa mais amorosa que eu já conheci desde que me lembro de ser gente. Nos últimos anos, com a saída dos filhos debaixo das suas saias, tem-se revelado mesmo um coração mole. Recebo frequentemente mensagens só a perguntar se está tudo bem. Ou uma MMS com uma fotografia do meu prato favorito. Ou da cadelinha lá de casa. Enfim, qualquer coisa que mostre que se está a lembrar de mim. E quando as coisas correm da forma como não estipulei, adivinhem só em quem descarrego: na minha MÃE! E mesmo a seguir, esboça-me um sorriso ou larga um "Vai correr tudo bem"; "Benze-te que isso passa"; "Rabugenta!" mas sempre com um modesto sorriso naquela carinha laroca de olhos arregalados com um castanho tão vivo e brilhante. Tristemente, por mais que me comprometa comigo própria a mudar, isto vai sempre parar ao mesmo sitio.

    Por outro lado, sinto que sair da minha zona de conforto me fez crescer a nível pessoal. Fez-me descobrir que existe um lado em mim que necessita constantemente de pessoas. De pessoas com emoções. Há algo em mim constantemente desperto para descobrir mais uma pessoa com uma história por contar. Gosto mesmo de conhecer pessoas novas, pessoas diferentes de mim, que me ensinem algo que eu ainda não sei. Que me dêem a ver realidades diferentes daquelas que eu nunca pude experimentar. Talvez por aí tenha investido nos ultimos anos em projectos diretamente relacionados com pessoas. Há quem lhe chame voluntariado. Mas este "voluntariado" tem de existir nos dois sentidos. Para dar temos de receber, é inevitável. Falo por mim, quando eu faço algo que nao veja resultados fico frustrada e facilmente desmotivo. Para eu ajudar alguém a sentir-se bem, exijo que a outra pessoa dê da sua pessoa, dê da sua confiança. dê da sua mão. E acreditem que ter um coração cheio destas coisas me faz adormecer muito melhor que há uns anos atrás.

    Isto só para concluir que o café com quem ia ter com a pessoa de há uns anos atrás está de facto diferente. Porque agora já não é efusiva. É um tanto ou mais de explosiva! Sonhadora, arrebatadora e apaixonada. ;)